A COBRA DO MUNDO

Foi preciso chegar aos trinta e nove anos

Para começar compreender

Porque sequer usamos dez por cento da nossa capacidade mental

Destruiríamos o planeta, noventa por cento, mais rápido.

Extinguiríamos noventa por cento

Das espécies que ainda restam

E estaríamos no mais catastrófico desequilíbrio.

Já estava tudo claro, e eu não via

Nos ditados populares, não intelectualizados

"Deus não dá asas a cobra"

Nós é que somos a cobra do mundo

Demos a ela nossa culpa, desde o primeiro pecado.

O seu veneno também é nossa cura

Mas, não é o antídoto para combater

Todo mal que produzimos.

Rastejamos depois dos três anos

Perdendo a inocência, ensinados a competir, consumir...

A dar botes de hipocrisia.

Talvez precisássemos de mais dez por cento

Para rever nossas crenças

E os porquês da nossa existência.

(07/11/2014)

João dos Reis Filho
Enviado por João dos Reis Filho em 20/11/2014
Reeditado em 20/11/2014
Código do texto: T5042226
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