Percepções questionáveis e conflitos

Aquilo que um dia pareceu ser.

Hoje se faz frágil...

Estilhaça fragmentos diariamente.

Não se esconda embaixo da cama

Não vai resolver.

A vida é só um corpo diante daquilo que pensávamos

Que era seguro, talvez nunca tenha sido.

Então adianta apontar o dedo, sendo parte disto,

tentando se isentar da culpa,

Chamando a atenção para o outro lado?

Enquanto isso: a chuva vem limpando a cidade

E o sangue que está entranhado nas ruas.

Amenizando o abismo entre a segurança e a autonomia

E a “coisa” não para e se encontra em várias formas no dia a dia.

Permeia entre a educação, a crença, o conforto, a necessidade e algumas formas de vaidade.

A interpretação de algo pode chegar a dimensões,

Capazes de causar repulsa ao próprio bem estar...

Então vem a chuva...

Limpando... E com o sangue que vai escorrendo para o esgoto,

Entupindo e inundando a cidade. Tamanha sujeira!

De um tudo emerge neste meio...

Então emerge o velho novo, surgem os animais peçonhentos, alguns, ora objetos que eclodem do abismo.

Uns apontando armas para nossas cabeças, fazendo o seu dever de casa,

Deixando-nos uma aula sobre a vida e bem ao lado da nossa casa.

E outros que se esforçam para se manter, e até porventura controlar com uma caneta, a saúde, o pensamento, o bem-estar e a vida.

Mostrando-nos formas de educar.

Formas de dizer que a massa também se manobra.

E assim os desejos nos colocando em situação de medo real.

As vontades não se percebem seguras e a economia não nos transforma em aço.

Isto é apenas um colete... Uma postura.

Então a chuva vem... Fazendo o seu papel, o costumeiro papel...

Limpando o corpo... Levando o sangue que está solto... Para o esgoto.

E assim a chuva vem...

Ela sempre vem.

Lucas Mirati // L.C.

Lucas Mirati
Enviado por Lucas Mirati em 11/12/2014
Código do texto: T5066274
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