Marte

Nessa viagem cósmica perdida me encontrei em transe

Viajando eons de existências antigas por um espaço vazio

Nós tão pequenos que buscamos entender a complexidade dos dias

Somos meros espectadores desse baile de máscaras remanescente de tempos imemórios

O vislumbre de algo vermelho no nada me força a pensar

O que somos?

Quem somos?

E até onde posso ver, essa imensidão escura turva meus sentidos

Mantém minha visão focada em algo sem forma e sem destino

Um propósito malévolo se esconde em cada sombra

E anos luz de uma realidade tardia eu tento pensar

Como poesia esse mar desértico vem a mim

Meus ouvidos se enchem de uma angústia que a muito não sentia

Sons de um passado de glórias remotas e esquecidas no tempo

Eu que esquecera meu antigo caminho

E agora me dirigia a um novo rumo

Buscava forças no vazio para sanar a falta que um certo passado me trazia

...as vezes...

E o vento que toca a pele do meu rosto não é mais o mesmo

O som de seres desconhecidos cantando sua melodia soltária ao longe não é mais o mesmo

O brilho da aurora se tornou desconhecido

...não é mais o mesmo...

Sat
Enviado por Sat em 28/12/2014
Código do texto: T5083925
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