FELICIDADE ? ? ?
Saberia eu definí-la ?
Mas fácil fosse talvez dividí-la,
Multiplicá-la, compartilhá-la.
A vida me ensinou a ver a felicidade,
A contemplá-la com o olhar do amor.
Felicidade não é um encontro casual,
Menos ainda uma prisão consensual.
Quiçá um cobiçado pouso em ombro amigo,
Diante das loucas intempéries, dos perigos,
Em determinados momentos já me contento.
Sou feliz assim :
Quando ouso vencer o que se complica
Em minhas avessas caminhadas,
Quando minhas trôpegas, lerdas passadas
Se arrastam embaralhando caminhos...
Sou feliz neste pequeno instante,
Em que sigo adiante, superando limites
De dor, saudades, outros desejos,
Restos de maldades, desamor . . .
E conquisto sonhos diante do dissabor.
Noutras horas a felicidade se faz além,
Ao assistir d'outros as conquistas também.
Um sorriso aberto por certo se faz,
Quando pra outros reparto a minha paz.
Nalgumas vezes de mim exige, que eu insista,
Que vá em frente, aumente forças, fé, esperança...
Faça-me sonhar tal qual criança a acreditar em Papai Noel.
Tome as asas dos sonhos, voe e alcance o céu,
Ao que me proponho, diante de um dia risonho.
Que lute, vá em frente, afaste os negros abutres.
Saiba escolher os árduos caminhos e sorva
Do vinho o delicioso sabor do mosto,
Mesmo se trilhado entre os espinhos.
Não importa qual seja a dor dos passos,
Há um farto repasto, depois dos espinhos.
Se foi o amor que direcionou os caminhos.
Haverá sempre, lá em frente o calor de um ninho
Pra acolher os nossos cansados passos.
No horizonte final...
360 graus.
Zero orbital !
Fim do caminho !
Não estarás sozinho !
O Senhor DEUS, acolher-nos-á
com seu eterno amor, carinho!
eula vitória
17/01/15