OUTONO! (um poema para entender como você quiser!)
Fechou-se o ciclo.
Amarelou tudo.
Secou!
As árvores são garras
tentando alcançar o céu...
Vão longe os dias
Quentes e ensolarados!
Cheios de propósitos,
De janelas abertas,
De falas ao vento!
Agora,
A temperatura caiu.
Esfriou. Muito!
Fala-se a portas cerradas.
Esgueira-se pelos corredores.
Teme-se o estalar das folhas secas.
O rugir vestiu-se de sussurros.
A voz potente e os gestos emblemáticos
São, na estação morna e envelhecida,
Mímicas grotescas e patéticas
Na inútil ânsia de retomar
O verão.
Ah! Mas este já vai longe...
Um a um os sois tombaram.
Ao longe, ouve-se a voz rouca do esquecimento.
Da solidão amarga pelos erros cometidos.
Outono!
Resta pouco para se recolher o que sobrou.
O navio se afasta melancolicamente.
O farol tem a luz frouxa da estação.
Outono!
Sobraram as folhas...
secas, levadas pelo vento!