EMPOETIZANDO O POETIZÁVEL = (RL/Abr/2015)

- e quando a poesia surge, não interpreto mais seus sentido, apenas leio

- e quando a leitura ousa, não julgo mais sua métrica, apenas sinto

- e quando o sentido surge, não reconheço mais seu óbvio, apenas percebo

- e quando a percepção emerge, não padeço mais seu espanto, apenas sigo

- e quando a sequência vibra, não desmereço mais seu poema, apenas absorvo

- e quando a absorção ocorre, não separo mais seu poder, apenas cresço

- e quando o crescimento avança, não reparo mais sua escrita, apenas surjo

QUE EU FINJA... apesar da luta, mais que aqueles de me destroem.

QUE EU FUJA... apesar da labuta, mais que aqueles que me absorvem.

QUE EU FAÇA... apesar da disputa, mais que aqueles que me comandam.

QUE EU FALE... apesar da permuta, mais que aqueles que me desmandam.

QUE EU FIQUE... apesar da cicuta, mais que aqueles que me entendem.

QUE EU FOQUE... apesar da pauta, mais que aqueles que me demitem.

QUE EU FINQUE... apesar da minuta, mais que aqueles que me omitem.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 02/04/2015
Código do texto: T5192126
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