Retorno


Segue o seu caminho sem olhar onde;
Veste malhas surradas, bem puídas
Carrega em seu corpo várias memórias
Ele segue percebe que não responde
Mais às perguntas de lutas inglórias...

Segue junto a outros tantos mudos
Sujeitos a inserção à classe dos débeis;
Com semblante agoniado é bem notado
Resta-lhe só os fiapos dos veludos
A lembrar-lhe os tempos de pé-rapado...

Descobre que o auto engano é muito triste
Percebe que o voltar é necessário.
Mesmo puído, arcado, vida existe;
Bate a poeira dos fiapos... Voltaaa!



 
MVA
Enviado por MVA em 22/04/2015
Código do texto: T5215809
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