REFLEXÃO DE VIDA, DA MINHA VIDA

Quando vejo
A minha juventude indo
E a velhice chegando

Quando vejo
No meu corpo a mudança
Sem perder a esperança
Sinto-me muitas vezes
Indefesa, feito criança
Vivendo em meio a tempestade
Esperando a bonança

E em meio a essa tempestade
Passam-se os anos e a idade
E a desvalorização do ser humano
Que com toda a certeza
Só valoriza o exterior, por causa da beleza

Quando vejo
O quanto podia ter feito e não fiz
Muitas vezes é difícil dizer
Se fui totalmente feliz
Mas sei que na luta do dia a dia
Sinto paz e tenho momentos de alegria

Nas minhas noites de solidão
Em meio a inquietude
Longe da alegria da juventude
Sinto a falta de compreensão
Muitas vezes perdida, sem direção
Me sentindo incompreendida
Numa dúvida constante
Sem saber o que fazer
Ou ao menos o que querer

Mas enfim,
Quando me pergunto
Como será a minha velhice
Sinceramente, não sei responder
E ninguém ainda me disse
Talvez porque ninguém saiba
Então, como vou saber?
Apesar da vaidade e da idade
Só me resta esperar
E dizer que nos meus sonhos de criança
Continuam a esperança
De um dia, não só sonhar
Mas todos os meus sonhos realizar.


P.S.: Essa poesia eu compus em 94, no auge dos meus 34 anos de idade, quando eu sonhava com um mundo melhor...E ainda sonho.

Sandra Leone In Poesia
Sandra Leone
Enviado por Sandra Leone em 23/04/2015
Reeditado em 02/08/2016
Código do texto: T5217197
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