Acertando os ponteiros

Não é que haja ócio, mas o fio ainda une,

Cordão já gasto pelo tempo, muito fino;

Que em poucas palavras, agora se resume,

É um medo bobo, ou não, de perder o tino.

Então segura a mão, e o coração desacelera,

Não sonha, mesmo suspirando, como antes;

É como um faz de conta, sem cair na esparrela,

Tentativa de andar certo, ainda cambaleante.

Então perdoa o pouco, que vejo como bastante,

Uma hora os ponteiros se acertam, sem atraso;

Chegará a vida, cobrando a passagem restante,

Que passa devagar, e ao pensar empresta o azo.