O BICHO ESTRANHO NA VIZZÃO DO ESTRANHO BICHO

Tem um bicho

Que anda e desanda

Por ai, por aqui, por lá

Quase em todo lugar

Esse bicho vaga

Esse bicho traga

Esse bicho naufraga

E tem carga pesada.

Esse bicho gosta de plenária

Vai aos extremos do amor.

Dá e tira a vida sem medida.

O seu ato e fato

Esse bicho até racionaliza

Mas vacila

E destila caos sem penar ou pensar.

Esse bicho serpenteia igual cobra

E por pouca coisa sobra ou soçobra

No meio do imenso anseio de não sei o quê.

O bicho flagra e deflagra na marra.

O bicho rasga e caga chagas.

E na sua curta existência

Se torna perene mais pelo destrói

Pelo que constrói

E como isso dói em nós.

O bicho devido a anuência

Ainda está preso na efervescência

Assim envenena-se e morre

Na demência e na crença de ser e ter.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 28/04/2015
Código do texto: T5223205
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