FILOSOFIANDO O PENSAR IDEIAS E IDEAIS

CUIDAR DO PENSAR

Ser zeloso feito criança em seu primeiro passo: e se caminhar.

Ser amistoso feito músico em seu primeiro compasso: e se tocar.

Ser prazeroso feito idoso em seu primeiro descompasso: e se superar.

Ser desastroso feito amante em seu primeiro fracasso: e se amar.

Ser talentoso feiro imortal em seu primeiro basso: e se encantar.

Ser pesaroso feito humano em seu primeiro andasso: e se curar.

Ser majestoso feito insensível em seu primeiro deslasso: e se ultrapassar.

PARAR O PENSAR

Filosofando, podemos também cessar o livre pensar.

Aclamando, buscamos também cessar o livre optar.

Divagando, estendemos também cessar o livre caminhar.

Sossegando, abastecemos também cessar o livre questionar.

Buscando, percebemos também cessar o livre acessar.

Perguntando, encontramos também cessar o livre desassossegar.

Calando, concebemos também cessar o livre dialogar.

FUNDAMENTAR O PENSAR

Velhas destrezas ascenderam ao tocar liberto dos novos ventos.

Velhas grandezas diluíram ao mudar esperto dos novos pensamentos.

Velhas nobrezas decaíram ao usar conserto dos novos argumentos.

Velhas certezas sucumbiram ao ousar aberto dos novos tempos.

Velhas belezas mudaram ao analisar acerto dos novos momentos.

Velhas proezas acertaram ao observar desacerto dos novos ferimentos

Velhas balizas anoiteceram ao inovar aperto dos novos amortecimentos.

REALIZAR O PENSAR

A construção mensurada em fatos descabidos engrandecem engôdos.

A absorção descabida em gestos desnutrido desconstroem modos.

A contenção desnutrida em conteúdos desprovidos atribuem métodos.

A contemplação desprovida em arte emancipada evanescem ápodos.

A emoção emancipada em modas elencadas diluem incômodos.

A uniformização elencada em teses minorizadas destroem postulados.

A aceitação minorizada em falhas mensuradas atribuem períodos.

INTERPRETAR O PENSAR

Não me venhas com interpretações de meu pensar, penso e pronto.

Não me venhas com elucubrações de meu pensar, penso e conto.

Não me venhas com emoções de meu pensar, penso e pesponto.

Não me venhas com elucidações de meu pensar, penso e desconto.

Não me venhas com resoluções de meu pensar, penso e reconto.

Não me venhas com idealizações de meu pensar, penso e redesconto.

Não me venhas com ilusões de meu pensar, penso e encontro.

EXISTIR O PENSAR

Essa tal comercialização imediata do pensar nos localiza enquanto escravos.

Essa tal conotação concordata do pensar nos preconiza enquanto agravos.

Essa tal difusão fisiocrata do pensar nos nos indeniza enquanto bravos.

Essa tal distorção insensata do pensar nos agoniza enquanto flavos.

Essa tal propagação autômata do pensar nos industrializa enquanto desagravos.

Essa tal problematização inata do pensar nos idealiza enquanto conchavos.

Essa tal diluição primata do pensar nos pulveriza enquanto favos.

EXISTIR O PENSAR

Conjuro meu pensar com o verbo evoluir.

Perjuro meu pensar com o verbo decair.

Desconjuro meu pensar com o verbo confundir.

Duradouro meu pensar com o verbo difundir.

Depuro meu pensar com o verbo construir.

Resseguro meu pensar com o verbo partir.

Aturo meu pensar com o verbo parir.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 07/05/2015
Código do texto: T5233352
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