Gosto
Gosto é das emoções não anunciadas
das horas que não foram marcadas
dos sorrisos desconcertantes, seguidos
de olhares involuntários.
Gosto do (des) gosto provocado
pelos gestos inusitados e incontidos,
do frio em altas temperaturas
do sangue pulsando na veia.
Gosto da melodia que me invade
do verbo rasgado com precisão,
do doce amargo das palavras
das antíteses que moram no sim e não.
Gosto dos silêncios para melhor escutar
perscrutar as vozes que me calam
elas anunciam verdades temidas que,
depois de sabidas, insistem em incomodar.
Gosto de ir, sem obrigação de chegar
absorvendo o que vou achando ao caminhar
concretos, abstratos, que atraem o olhar
integram, completam, sem dissipar.
Gosto da liberdade de não gostar
acreditar que um dia possa encontrar
a terceira margem do rio e nela recostar
dormir à sombra de uma árvore flutuante.
Gosto de sair de mim pra passear
um canto, um remanso pra aquietar
Refeita, volto, com sede de recomeço
me reconheço e peço pra ficar.
Gosto é das emoções não anunciadas
das horas que não foram marcadas
dos sorrisos desconcertantes, seguidos
de olhares involuntários.
Gosto do (des) gosto provocado
pelos gestos inusitados e incontidos,
do frio em altas temperaturas
do sangue pulsando na veia.
Gosto da melodia que me invade
do verbo rasgado com precisão,
do doce amargo das palavras
das antíteses que moram no sim e não.
Gosto dos silêncios para melhor escutar
perscrutar as vozes que me calam
elas anunciam verdades temidas que,
depois de sabidas, insistem em incomodar.
Gosto de ir, sem obrigação de chegar
absorvendo o que vou achando ao caminhar
concretos, abstratos, que atraem o olhar
integram, completam, sem dissipar.
Gosto da liberdade de não gostar
acreditar que um dia possa encontrar
a terceira margem do rio e nela recostar
dormir à sombra de uma árvore flutuante.
Gosto de sair de mim pra passear
um canto, um remanso pra aquietar
Refeita, volto, com sede de recomeço
me reconheço e peço pra ficar.