MUNDO DE REPRESENTAÇÕES

As representações do mundo,

Num mundo encenado.

Não é em nada profundo,

Esse castelo marcado.

encene como quem finge ser,

Seja aquilo que muito quer ter.

Entenda quando finge entender,

No imperativo desse verso.

Encene ao compreender

O que digo enquanto converso.

As palavras fingem dizer outras,

Ou simplesmente se fazem ao dizer.

Não podem viver assim soutas,

Sem a nenhum significado se ater.

Precisam representar um sentido

Não sendo o que dizem ser.

Construindo a imagem no ouvido,

E na carne expressando o real saber.

No mundo há verdades de interesses,

Verdades interessadas em quem as ouve.

Mentiras de alguns vários meses,

Sobre uma verdade que já se houve.

E a muito partiu,

E o que nos resta?

É esse ar verossímil.

Esse pouco ar que se presta,

A preencher nossos pulmões de mentira.

Dar vida a quem mesmo a tira.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 07/06/2015
Reeditado em 29/08/2015
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