Pedras do Arpoador

Quantas vezes chorei minha dor,

Aqui nas pedras do Arpoador.

Quantas vezes minhas lágrimas iam de encontro ao mar

Na esperança de que juntas os sais se unissem

E, únicas desbravassem esse infinito mar.

Por entre uma pedra e outra, agarrei com todas as minhas forças.

E ao chegar ao topo,

Vislumbrei um por do sol, lindo, belo, forte e inovador.

A lua foi despertando e, do amarelo intenso no horizonte, surgiu à esperança, e a leveza da alma.

Como se estivesse dizendo!

- olha! Estou indo, mas amanhã estarei de volta.

Pode vir me abraçar, aqui eu sempre vou está.

Com o mar em calmaria, ondas suaves.

Brotou o clarão da noite.

Eram tantas palmas que estavam ali para a despedida daquele entardecer,

Que hoje não há mais lugar em minha vida para tristezas ou desilusões.

Estão perdidas, cristalizadas entre as pedras do arpoador.