FRENTE AO MAR, QUERO ME DESPEDIR

Naquele deserto o mar

A chuva uma alegria a somar

Em prazer um belo sorriso rasgar...

Ali esqueço os pudores sem livrar.

Sim aquela alma ensandecida

Com o corpo desnudo

Que deixo errante e amanhecida

Com gestos naturais puro mas mudo.

Tantos segredos somos os mascotes.

Será rebentação ou resgate

Recolher as lágrimas antes de rolar

Nada adianta chorar.

Em repouso da cabeça envelhecida

Chega antes do despertar da chuva

Assim fica umas dores contida

A brisa envolve e da vida, mesmo turva.

Sim a chuva começa molhar meu corpo nú

Devagar invadindo todo meu ser

Mesmo não querendo pensamento em Tu

Chorando, chovendo a ressaca do mar a me manter.

IaraSolll
Enviado por IaraSolll em 17/07/2015
Reeditado em 16/11/2017
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