MINUTOS DE REFLEXÃO IV

Na morada dos escarnecedores
Onde o piso é de porcelanato italiano
O almoço de amanhã está garantido
A madame e suas sofisticadas vestes
Nas passarelas da vida ela flutua

A luxúria e a riqueza assoberbam 
Aqueles que a ela idolatram
Julgam-se semideuses 
E olham lá do alto o seu irmão 

Os desprovidos são fortes
Mas ao mesmo tempo fracos
Lutam contra algo invencível 
Alvorada chega linda e bela
E quando o crepúsculo surge
Tingindo o nossso  horizonte
As mãos... Ainda estão vazias

Ah! Tantos fatos que observamos
Nessa rotina passageira chamada vida
E que nunca iremos entender

Talvez sejam mistérios que não 
Pertencem a sapiência do homem

Alguns ainda ousam a questionar
Outros apenas se calam...

Estão cansados, muito cansados

Sabem que a correnteza desse rio
É imponente, inexorável e atemporal   

É como uma faca de dois gumes 
Ela te fere no coração e na alma

Como pode, sermos todos irmãos
E vivermos nesse arranha-céu...
De desigualdade

Mas quem é que vai?

Deixar sua casa de porcelanato
Para ir morar naquela quitinete 
Na Vila Esperança

Quem é que vai?

Deixar as regalias do dinheiro 
Ainda que ganho de maneira 
Sórdida e corrupta

Quem de nós tendo dez,
Pode se desfazer de um?

Ah! Se a humanidade...
Se humaniza-se

Tudo utopia...

A hipocrisia e a ganância
Envenenam esse mundo
 
Saiba que os  amigos verdadeiros
São como o pão que aniquila fome
E a água depois de longa caminhada

Antes eu era só...

Mas agora tenho frutos
A percepção de mundo mudou

A tão solada frase
“Que mundo queremos...

Acarreta-se em meus pensamentos
Quase todos os dias

E vendo tanta injustiça...

Temos que ser fortes

Acreditar! Além de nossas forças
E além de nossas vidas

Que o Bem é 1000 X > que o mal!
    




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Não te deixes vencer pelo mal,
 mas
vence o mal com o bem