DORES DO MUNDO

Mas que dores serão estas

passam por mim em surdina?

Rio caudaloso das dores

perdido na fria neblina.

Dores de amor rejeitado,

suspiro, triste abandono,

igual um cão amoroso,

perdeu o amor do seu dono.

Dor sem alento e consolo

da mãe que perde seu filho.

Nunca mais o sol nascente

vai brilhar com o mesmo brilho.

Dor de menino de rua

que segue sem diretriz...

Que fome, que sede, que agruras

reflete o olhar do infeliz.

E a dor dos jovens perdidos

na caminhada sem fim...

Caminham como boiada,

ruminam vida e capim.

E a dor que vive oculta,

solidão que vai e vem...

É a dor que nunca reclama,

não foge para ninguém.

E as dores do mundo inteiro

arqueado nesta subida,

vão chorando em meus cabelos,

respingando em minha vida!...

marinaza
Enviado por marinaza em 16/09/2015
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