DO AZUL AO CINZA

As hora vão ficando exíguas e langues

Dançando em nossas cabeças exaustas

A noite se estenderá para descansar

A virtude do caminho esquecido

Pois o corpo não responde mais

Aos comandos do cérebro

Anteriormente esforçado

E as ideias observantes, os dessorrisos,

os desânimos das debruçadas

O tédio na mente estressada

Diante a influência e matéria gélida

A transmissora da insensibilidade

Do individualismo

Ócio e niilismo galanteador

Conquista tudo

Com excitação desenfreada...

Seja pedra salina

Transforme-se em estátua calcária

Em cilindro radioativo

Dessa maneira

Quem sabe

Conseguirá a transa inexistente

O gozo infernal da apatia suprema!

As glórias das realizações pessoais

Não estão longe de serem alcançadas

O êxtase da artificialidade

O gemido da orgia e da satisfação

Sempre será promissor

Pois de muito sempre

E acima de bastante tudo

São ligeiramente atingidas

E consumidas com velocidade cinética...

As abracemos!

Assim!

Com a fome dos ancestrais embrutecidos!

Porque o vício alucinante

É pelo método dos puros e bons

Nunca verdadeiramente expurgado

E de longe exatamente excluído

Porquanto parece ser bastante exortado...

E se a plenitude da alma humana

Ainda não atingiu a mutação

É porque não conseguimos

Por enquanto

O método tamanho exigido...

Mas o indivíduo estuda o tédio

Ungido de ócio espontâneo

Procurando e desenvolvendo

A sedução que deve envolver

No progresso virtuoso

Na técnica aliciante

O máximo de possibilidade possível

Que nos erga até o paraíso perfeito!