Ninho

NINHO

não sei o quanto sou ridícula

mas ainda acredito

na resistência do pensamento

movendo as ondas insistentes

de uma vida sensível

descortinando-se no escuro da madrugada

faço planos, aparentemente sem sentido

nem mesmo sabendo para onde me encaminho

não se trata de futuro

mas de ser feliz no presente

nunca tive muita paciência

querendo obter o prazer imediato

de atitudes impulsivas, às vezes temerárias

para provar não ter medo

agora vejo que o silêncio é caro

e nem sempre ouvido

mas que traz, carregando

em seus braços, um pequeno ramo

para confeccionar meu ninho.

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 07/11/2015
Código do texto: T5440781
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