Estranha
Estranha
É a estranha que vem,
Que chega e que passa,
Buscando espaço para sua inquietação.
Pensando ser fácil o caminho encontrar!
Estranha no dia, na noite, na festa,
na rua, na vida, enfim,
Segue vivendo a profunda
Estranheza de por estranha passar.
Extraviando-se, ela se perde,
Por conta de alheias incompreensões,
Pelo simples fato de destoar?
Em se perdendo, quantas vezes, se acha,
Alimentada pela intuição do bem e da verdade.
Enquanto colhe sorte,
Sorve também desilusões,
Segue, segue fazendo a diferença.
E sempre estranha há de ser.
Será sorte, destino, imposição da vida?
Ou será sina ?
Coisa de anjo estranho que predestina?