O CHORO DE UM POETA ALADO

Nunca doeu tanto assim

Dentro de um ser tão lírico.

A pequenina lágrima que jorrou

Foi uma fração do amor que ao

Ver o mundo de hoje, se quebrou.

Ao ver a maldade nos homens

E o egoísmo plantado em suas mentes.

Ao ver a revolta semeada em grãos,

Sendo colhida em campos de discórdia

E lançada ao vento por tantas mãos.

Jamais ousou conhecer

No seu íntimo a sensação

Da impotência de nada poder fazer

Para conter a ambição do homem.

No entanto, apenas chora ao ver...

Ao ver o mundo sofrendo

Pela ação contínua de uma mesmice.

Ao ver as fontes de vida secando,

Fazendo doenças se espalharem

Com a morte ao redor os espreitando.

Nunca sentiu algo assim

No decorrer de sua existência.

A tristeza se expressa em desagrado,

Onde medos e fobias se traduzem

No choro de um poeta alado.