Orgulho

Orgulho, força excludente, que confunde a mente.

Tal como mancha de petróleo escurece o nosso coração.

E, quando nos damos conta já nos afastamos de muita gente,

Entes queridos, amigos, que abrilhantavam nossa constelação.

Que vantagem há em carregar palavra tão densa,

Nas memórias que refrigeram o coração?

Não vejo sentido em suas formas ou “normas”

Apenas abismos, doídos, sem pintos de interseção.

Se tivéssemos consciência de nossa vã fragilidade, nossa temporalidade...

Abraçaríamos mais! Chegaríamos mais perto...

E, diante dos fatos, não tão corretos, fecharíamos os olhos,

Saltaríamos adiante, com os passos do coração.

E, o passado ficaria guardado, outrora apagado,

De coisas que não carregam consigo nenhum simbolismo,

Apenas abismos... Que diabolicamente separam a gente,

Da oportunidade de, humildemente, exercer o amor com obstinação.