PAPOULA

PAPOULA

uma papoula morre

em campos de seca

cada pétala murcha

despenca na terra

foi flor viçosa um dia

de perfume forte e ácido

foi enfeite, foi deleite

e agora jaz nos vasos

sem sua liberdade

ao sabor dos ventos

a papoula entristece

e desiste de viver

entre semelhantes

não mais floresce

nem mais se multiplica

apenas húmus nesta vida

de que já nem se lembra

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 14/01/2016
Código do texto: T5510609
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