Eis o momento
Eis o momento
em que a poesia se faz carne:
a palavra
cai no espaço
em branco,
lavra
o vazio no silêncio
do papel,
rasga
o terreno infértil
A semente cai no novo espaço
e brota,
o cálamo rompe este novo espaço
antes tornado nada,
vazio...
nele
se lavrará a escritura
___________
Alvaro Giesta in Um Arbusto no Olhar (Calçada das Letras, 2014)