A VIDA NAS MÃOS
Em tudo há ambiguidade
O mesmo fogo que depura
Ás vezes cristaliza e endurece
O que nem sempre é doce
A mesma água cristalina
Por vezes se estagna empoçada
Da pureza à podridão
Tudo é questão de movimento
Embora na mesma direção
O que define é o sentido
Ainda que ante o mesmo foco
Prenhe de distinta solução
Uma questão de escolha
Entre a lucidez e a alienação
De todo presente ou
Completamente ausente
Vez que a roda gira
O tempo passa
A vida continua
Qualquer que seja a medida
Dependendo da resolução
A efetiva solução
Ter a vida nas mãos
Ou deixar-se levar pela escuridão...