A VIDA NAS MÃOS

Em tudo há ambiguidade

O mesmo fogo que depura

Ás vezes cristaliza e endurece

O que nem sempre é doce

A mesma água cristalina

Por vezes se estagna empoçada

Da pureza à podridão

Tudo é questão de movimento

Embora na mesma direção

O que define é o sentido

Ainda que ante o mesmo foco

Prenhe de distinta solução

Uma questão de escolha

Entre a lucidez e a alienação

De todo presente ou

Completamente ausente

Vez que a roda gira

O tempo passa

A vida continua

Qualquer que seja a medida

Dependendo da resolução

A efetiva solução

Ter a vida nas mãos

Ou deixar-se levar pela escuridão...

Ci Moreira
Enviado por Ci Moreira em 02/04/2016
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