Esperança em liberdade
E hoje ao ser desperta
Em meu levantar
Meus olhos se vestiram
Do verde da esperança
De coisas boas
De mudança
Que no horizonte
Pude eu vislumbrar
Mesmo que ainda
Para esse poeta
Ainda lhe parecesse algo
Distante de conquistar
Esperança bem vinda
Esperança que mesmo em
tempos de desespero
Pudesse haver em seu verde
O renascer da bonança
Regado pelo orvalho
Da bondade e temperança
Pois não seria disso feito afinal
A esperança?
A mudança...
Que mesmo em meio ao caos
Em serenidade pudesse eu estar
E que pudesse deste verde
De que hoje meus olhos vesti
Sempre carregar
A ele recorrer
Ao me expressar
Que esse verde em meu olhar se torne eterno
E que eu possa dele sempre desfrutar
E que esse mesmo verde de esperança que além dos olhos
Dentro de mim sei que carrego
Possa eu sempre nele descansar
Comecei esse escrito
Mas não sabia como o terminar
Até que mais tarde
No mesmo dia descrito
Esse fim (ou seria um começo) até a mim
Com a doce melodia de Miguel
Em um sopro de alegria e fôlego
Senti em regozijo chegar
E em audível suspiro de alívio
Pude eu enfim respirar
(Dessa noite ainda tenho eu muito ainda a contar...)
Liberando as comportas
Do que há muito vinha sentindo
E não via mais real sentido
Em mais dentro de mim
Tudo isso guardar
Não queria mais meu coração
E minha alma por essas águas
Deixar alagar ou se afogar
E resolvi então as janelas da alma
Enfim destrancar
Liberar...
A esperança se tornou liberdade
E no final daquele dia
Se tornou realidade
E não somente no verde
Em que meus olhos vesti
Pois para mim não era mais apenas um sonho
Ou uma miragem
E ainda para esse poeta não
Sendo muito tarde
Pela primeira vez em verdade
Senti que poderia
Do meu caos se fazer calmaria
E por fim então poesia