A velha árvore

Certa feita, na vasta floresta das humanas ilusões,

Havia uma grande e velha árvore frondosa

Que apesar de sua beleza e majestade imperiosa

Não conseguia multiplicar-se em novas gerações.

Era, das outras árvores, motivo de riso e desdém

Pois como podia um ser de tamanho porte imponente

Não deixar perpetuar a espécie continuamente

Tornando-se, do tempo, triste e solitário refém?

Não sabiam, porém, as incautas e tolas criaturas,

Que as raízes da grande árvore, no âmago da terra,

Adentravam, espalhando-se em busca de vitalidade.

A velha árvore, frente ao tempo, caiu sem semeaduras

E tempos depois, em seu lugar, após a orgânica guerra,

Brotaram seus filhos. Enfim, alcançara a eternidade!

Cícero – 02-04-2016

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 03/04/2016
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