Café da Tarde

Antes aquele brilho nos olhos que fora perdido

Brotou na luz da esperança do prometido

Como isto sustenta as forças do convalescido

Perante escolhas que nos foi permitido.

O que somos é mais do que aparências

Do absoluto para nossas carências

Do nosso idioma a nossa fluência

Da fé o aroma para a consciência.

Como é amargo beber da saudade

Falta o açúcar da longanimidade

Como petrifica nossa espiritualidade

O clamor profundo da identidade

Na busca braçal da vitória

As letras, a tinta são acessórios

Na fórmula homem, tempo e história

Por uma sólida e durável glória.

Henrique Rodrigues Soares – Canibais Urbanos