... Na boa
Na boa!
Isto, por aqui
é só um meandro,
e é, todavia,
a minha lógica remota
de tão entranhada;
Julgo que se arvora
ao pecúlio de um gueto
de normalidade;
Oculta na penumbra,
seja quimera
própria dos enclaves;
própria dos fundos.
Pois é aqui,
em recolhimento,
que eu me benzo.
Em vez da cruz,
uma estrela;
em vez do lenho insano,
os braços
do mais próprio Sol.
O divino está
no sorriso
do menino crioulo
que me diz: "Na boa!",
em despedida.
Pareceu o nome
de um Deus do Céu,
verdadeiro como o Sol.
O mesmo a que eu digo
"Na boa!",
ao começar o dia
pela manhã.
Luis Melo