O tempo passa.
O tempo passa?
Passa para onde? De onde?
Às vezes vagarosamente
às vezes rapidamente
ele nos engana e parece realmente passar.

Eu quero agarrar o tempo nas mãos
e dizer a ele:
“Você vai passar é desse jeito,
eu é que mando em você”...
Mas não sou dona do tempo,
e isso quase me arrebenta.

Se dona do tempo eu fosse
teria asas de águia para viver em liberdade,
e a capacidade de observação das corujas;
teria a confiança ingênua dos cães,
a lentidão das tartarugas na espera;
E pés de coelho na oportunidade.

Mas dona do tempo eu não sou
E isso quase me arrebenta.
Os médicos têm um nome para isso: ansiedade.
Duvido muito.
Fátima Castanheira
Enviado por Fátima Castanheira em 08/05/2016
Reeditado em 28/05/2016
Código do texto: T5629402
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