Fidelidade

Meço minha fidelidade perversa

Quando a sonoridade me regressa

aos ouvidos, numa análise inversa

Enquanto contemplo a fome.

Meus escravos estão na cabeça

Eu desejo que a hora enlouqueça

E de repente, deprima as construções

Desconstruindo todas as instruções.

Se eu for sofrer por meus rancores

Ou dos métodos de fugir das dores

Vou ver que nunca nada são flores

Apenas um carnaval de estranhas cores

Que nos imprime intensamente até o final.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 14/06/2016
Código do texto: T5666640
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