O DILEMA CHAMADO HOMEM
Todos dizem sim ou não, pro dilema social,
Mas não dão a mão a um seu igual.
O homem, que é só ironia, julga o que é errado,
Vivendo em estado de agonia.
Muitos lutam por seu semelhante (é o que parece),
Diante da TV, quantos se unem numa prece!
Mas, na realidade, todos se devoram,
E alguns que amam, com o ódio se apavoram.
O homem estraga a natureza e tira sua beleza.
Postes erguem-se em meio a pomares.
No chão sem folhas, só calçada
Por sobre a terra desbotada.
Ruidosos jatos cruzam-se nos ares.
Não há mais espaço pra poesia ou ilusão.
Louvam-se a tecnologia e a intoxicação.
Venha o enlatado ou o supercongelado!
Que tantos apreciam e a todos satisfaz.
No entanto, em minha mente, algo se desfaz . . .
Não quero artificialismos,
Não me dou com mecanismos.
Contrário que sou a extremismos,
E à rigidez de algarismos,
Cerco a mente de lirismo e insisto no purismo
De buscar amor e paz.