O DILEMA CHAMADO HOMEM

Todos dizem sim ou não, pro dilema social,

Mas não dão a mão a um seu igual.

O homem, que é só ironia, julga o que é errado,

Vivendo em estado de agonia.

Muitos lutam por seu semelhante (é o que parece),

Diante da TV, quantos se unem numa prece!

Mas, na realidade, todos se devoram,

E alguns que amam, com o ódio se apavoram.

O homem estraga a natureza e tira sua beleza.

Postes erguem-se em meio a pomares.

No chão sem folhas, só calçada

Por sobre a terra desbotada.

Ruidosos jatos cruzam-se nos ares.

Não há mais espaço pra poesia ou ilusão.

Louvam-se a tecnologia e a intoxicação.

Venha o enlatado ou o supercongelado!

Que tantos apreciam e a todos satisfaz.

No entanto, em minha mente, algo se desfaz . . .

Não quero artificialismos,

Não me dou com mecanismos.

Contrário que sou a extremismos,

E à rigidez de algarismos,

Cerco a mente de lirismo e insisto no purismo

De buscar amor e paz.

nuno andrada
Enviado por nuno andrada em 22/06/2016
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