Não me Ofereça...

O desassossego, a festa, a algazarra,

Lamento, mas não bebo da fonte do tumulto,

Sou amante do silêncio e da mansidão,

Apreciador do som que vem do mar e da mata,

Portanto, não me ofereça a bandeja

vermelha da inquietação, do alvoroço,

Pois eu me transformo, a um só golpe,

Em um albatroz que foge para o mar,

A fim de sentir a brisa e o Sol,

Ou então em uma arara azul da floresta,

Que almeja apenas o galho de uma árvore,

Pois eu sou o poeta da quietude.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 29/06/2016
Código do texto: T5682420
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