Realidade Social
Pernas ligeiras passam por cima de seus iguais. Um homem abandonado, massacrado pela vida, jogado ao chão, ao relento, cárcere de esmolas. Um homem que no seu repouso, com sua carcaça exposta ao sol, têm sua dignidade atravessada pela pressa de seus iguais.
Um cárcere privado. Um abandono. Uma vida rejeitada por Deus.
A barriga berra faminta. Os olhos em busca de oportunidades. A carcaça descrente e cansada em prol de uma chance.
Porra! Seres humanos. Iguais à você. Iguais a mim. Apenas peças de um quebra-cabeças que jamais será completado. Então doutor, fulano e ciclano... Fica aí com sua diplomacia, achando que a revolução do mundo está nas mãos da minoria, que está pautada ao privilégio. Está nas mãos, irmãos, de quem não me representa.