Não quero!

Não quero!

A rebeldia gratuita

Não aceito como causa. É vento morno, sufocante

É céu nublado, escondendo horizontes.

A música dissonante, repetitiva , quebra o ritmo, destrói a alma

Leva ao caos a melodia.

Nego-me a prisão do espírito, a imposição de sonhos

Dos outros, não meus.

Vidas imutáveis, horizontais, emolduradas

Sem a vertigem do inesperado...Que tristes!

Vozes surdas, gritos emudecidos, simbólicas ideologias,

Não mais que falsas e nebulosas utopias.

Não quero!

Que tudo renasça.

Sonho a rebeldia poética

O vento suave das rimas desconexas

A harmonia de sons puros, límpidos

Quero vidas verticais, que sobem e descem

Como devem ser...

Imponho-me vozes amanhecidas, que acolham o sol

Verdades que são crença, são forças caudalosas

A indicar o caminho de cada um.

Anna del Pueblo
Enviado por Anna del Pueblo em 24/09/2016
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