Não vou lhe dar a mão, mas posso dar o resto

Um dia desses, eu sentei no meu canto

E começei a conversar

Por dentro do todo meu recanto

Eu só sabia falar

O que o meu interior podia desabafar

Eu não vou lhe dar a mão

Para algo que não há em meu coração

Mas posso dar o resto

E assim, eu me presto

A viver com serenidade

Outro dia, eu estava deitado no chão

Coberto por gramas verdes

Em um dia de sol quente

Eu vi um imenso clarão

Toquei em peito e pude falar

Que estava dentro de mim

Eu não vou lhe dar a mão

Já que eu não tenho um tipo de paixão

Mas posso dar o resto

E assim, eu me presto

A viver com finalidade

No último momento, eu olhei para janela

Por onde vi a vida passar por vielas

Em dia um nublado e frio

Veio-me aquele arrepio, o vazio

O silêncio solitário

Era a minha oportunidade estar comigo

E prometer pra mim um abrigo

Eu não vou lhe dar a mão

Já que não posso oferecer a imensidão

Mas posso dar o resto

E assim, eu me presto

A viver com alguma vontato

Eu não vou lhe dar a mão

Mas posso dar o resto...

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 25/09/2016
Código do texto: T5771529
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