O sapiens E A PRAIA

O caranguejo andante

Com suas pernas

E seus olhos flutuantes

Vigia e cuida. Passeia

Pela arreia, errante.

O Siri rapidamente se esconde,

É tímido, cava, mas não mata.

Simplesmente foge do homem.

A restinga teimosamente resta,

Não é cerrado, nem caatinga.

Ela protege, a restinga presta.

A ostra, agora é concha,

Seus mínimos pedaços

Embeleza a praia

E distrai a criança.

O pássaro voa rasante,

Pousa e limpa o lixo,

Presente do homem.

O "sapiens" garbosamente,

Somente usa, suja,

Mata e se lambuza.

Bêbado e saciado,

Ele dejeta, vomita

E retorna no próximo sol

Com a certeza da tua serventia.