Quão relativo é o respeito?
Quão relativo é o respeito?
Se faço do silêncio do outro desprezo,
Se faço do meu barulho direito,
Se faço das minhas prioridades destino?
Quão relativo é o respeito?
Se a rotina do outro me é sujeita,
Se os compromissos dele me estão subjugadas,
Se faço-lhe engolir minha sujeira?
Quão relativo é o respeito?
Se uso, e não lhe deixo?
Se como, e não lhe lembro?
Se guardo, e lhe deixo exposto?
Quão relativo se torna o respeito quando há sempre o esquecimento...
Amnésia de que o outro é tão eu quanto eu mesmo!
E eu lhe sou tanto quanto lhe é!
E somos, fatalidade!
Tiago Gonçalves - OUT/2016