DERRAME DO ÂMAGO

Minhas ideias andam alcoolizadas,

Trituradas pelo metanol da mente

Que rebola dente labirintos e sente

O ébrio mascar das falsas alvoradas.

Meu raciocínio é de etnia amarelada

Donde se obtém uma raça mitológica,

Nada se consuma perante uma lógica

Que inverte valores e jamais se dilata.

Eis-me preso a uma fatalidade de mim

Que navega na inconsciência sem fim

Dum cérebro cujo leme parece droga...

Consciência aborígene que me é farrapo

Duma vida sem ritual, ferida esparadrapo

Que nada cola nem protege e se afoga!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/11/2016
Código do texto: T5829747
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