QUEM SOU EU?

Sou a voz desse povo pobre

Que "se fode!" Que labuta!

...a massa ludibriada

De pele escura, sou a puta!

Sou a dor molhando a face

A esperança, a aflição

Às veszes, sonhos utópicos

Noutras, pesadelo, oração

Sou o amor citado pelos poetas

O grito por justiça é minha voz!

O perfeito Código de Hamurabi

Da verdadeira paz, sou algoz!

Sou nefasto e sou candura,

O banquete destinado ao mendigo!

Fartura em que tudo falta

Abrandamento! Sou castigo!

Aquele, moldando as faces

Cujas marcas são vistas ou não

Auto mergulho em si mesmo

Furnas rasas ou imensidão.

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