Desabafo...
Desabafo de uma filha rebelde!
Perdoe-me, mãe! Perdoe-me!
Eu não queria...
Mãe eu a matei com meu egoísmo
Minha paixão cega e enlouquecida.
Mas eu não queria, juro que foi sem querer.
Você não sabe quanto sofri em silêncio
Sentindo-me horrivelmente culpada.
Você partiu naquele dia sem dizer, adeus.
Eu fiquei aqui me sentindo a pior das criaturas,
Por todos esses anos que não te vi.
Eu me sentia desesperada e com medo,
Muito medo, tentei te segurar e
Mesmo assim você se foi, caindo, caindo
sem parar rolando daquela escada.
Mãe foi sem querer.
Você não quis me ouvir.
Juro que eu não queria que fosse assim.
Por favor acredite em mim...
Me perdoe, apesar da minha rebeldia eu te amava,
Mas eu era egoísta e não queria ser repreendida
E nem proibida, eu só queria amar e ser amada
Por aquele louco e proibido amor que era sem medida
Sem controle era um amor de outro mundo
um amor diferente...
Sei que te magoei com minhas atitudes,
Mas foi por amor, por amar demais.
Mãe, perdoe-me o destino já se encarregou
De me punir severamente,
sofri demais e paguei pelos meus erros.
Mãe te amo tanto e não quero levar
Para o além, para a eternidade essa dor,
Essa rebeldia, esse sofrimento
Sofri todos os horrores nesse mundo.
Me perdoe mãe, me perdoe...
Eu te amo tanto, eu te amo!