O cérebro, a Mente e o Amor

Não pode o cérebro, mero órgão em craniana caixa contido

Conter a Mente, entidade imaterial e imortal.

Fenece o cérebro após o tempo que aqui nos é permitido

Enquanto a Mente viaja pelo espaço sideral,

Eterna e veloz, independente do corpo que a quer prender.

O cérebro, acostumado com a física e humana prisão

Tenta enjaular a Mente em sua frágil estrutura

Mas, a sua frágil complexidade não suporta a pressão

E sente, inevitável, a dor invadir-lhe, sem compostura,

As entranhas nevrálgicas e fazer-lhe sofrer.

Entretanto, apesar desse poder imensurável e desconhecido

Pode a Mente sucumbir ante um adversário de valor:

O Coração, que dentro e além dela é guardião destemido,

– Buscando na verdade a parceria para a humana plenitude –

Do que anda agora desprezado e que se chama Amor.

Cícero – 30-01-2017

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 30/01/2017
Reeditado em 09/02/2017
Código do texto: T5897772
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.