AS DUAS FACES

AS DUAS FACES

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

De um lado quase tudo pode ser deliberativo,

Compreendendo o lado que é morto com o que é vivo,

Por quem está desamparado ou desfilado por não ter algum partido.

Dos vasilhames que exibem desenhos ou daqueles que são lisos.

Da bebida curtida ou destilada a suprir o gole consentido.

Pelas duas faces daquelas que choram e de outras que sorri,

De umas que cogitam apreços, como de outras que antes de comprar verificam os preços,

Dos fracassos que levam a submergir ou dos sonhos daqueles que propõem em subir,

Esculturas feitas em pedras, bronze, plásticos como de mais comum em gesso.

Decifrar o errado do que é correto por aquilo que é mole, ou do que é ereto.

Por quem de apelido pode se chamar Jô, Lu, Cris, Neném, Bebeto ou Beto.

Dos males que podem causar uma picada de qualquer inseto,

Daquilo que faz curvas ou do que adiante segue sempre, e sempre reto.

Dos que vivem do abandono ou daqueles são suficientes de afetos,

Da que é flácido como vulnerabilidade ou rígido como um ferro,

Silêncios diferenciam daquilo que se alarmam pelos berros.

Uns que convictos apostam no sim, outros que pelas desconfianças optam pelo não,

Do oposto do céu está os espaços que delimitam até os confins do nosso chão.

Dos pontapés usam-se os pés, dos tapas, socos e carícias usam-se as mãos.

Umas limpas outras sujas pelos contrastes de cada ocupação.

Pelo que se vai ou pelo que se vêm,

Uns que tem tudo outros que nada têm;

Uns que são de tudo outros que pra nada servem de ninguém,

Veículos automotrizes como automóveis, aviões ou trens.

Nas duas faces pelos amigos e inimigos,

Algo de novo ou antigo,

Esposa que vivem com os seus maridos,

Daquilo que ninguém procurou saber, ou por se informar procurou algo de que nunca foi lido.

De um lado quente e de outro frio,

Seco ou molhado ao desvario,

Das continências ou liberações de cada cio,

Por aquilo que está pesado de cheio ou leve de vazio.

Como de um lado representando uma causa e do outro lado uma outra coisa,

Da coragem a se deparar com os espantos,

Do pequeno como de diminutivo volume, ou do grande a comparar a uma qualquer moita,

Lugares abandonados que ninguém vê, ou aglomerados de familiares em seus acalantos.

Da dimensão do ódio para o amor como instrumento de esperanto.

Por quem que pra nada leva jeito,

Porque põe pra tudo os seus péssimos defeitos;

Ou pra vanguarda que pra todos tem que se proceder com classe,

É numa lógica que se põe estas exprimidas faces.

Isto em alta definição dos encalces,

As duas faces do lá e do cá por desenvoltos desenlaces.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 01/02/2017
Código do texto: T5899074
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