Vento e chuva

Para que lado o rio da vida flui?

Agora, sem direção, vou a esmo,

um arremedo de mim mesmo,

Rascunho do que um dia eu fui.

Olho para o céu e fico e pensar,

Em que dia saí do rumo?

Olho para o chão e piso firme,

Tão firme que não saio do lugar,

Não navego, nem flutuo,

Apenas admiro, de longe,

Toda a imensidão do mar.

Pergunto ao vento,

Quando será que a chuva vai passar?

Pergunto à chuva,

Estarei atento quando o vento mudar?

Pergunto a mim,

Em que momento a vida vai recomeçar?