NÁUFRAGO

Dos olhos quase míopes

Brotam lágrimas quentes.

Não há fármaco para a saudade.

Só há lúdicas lembranças,

Desencaixotadas pela casa.

Só poeira da semana inteira.

Só cachaça e flashes de angústia.

Por onde anda quem me causa essa falta...?

Que horas dorme...?

Será que suspira e sonha como eu...?

Aguardo, como o náufrago e as mensagens na garrafa...

Virgínia Moreno
Enviado por Virgínia Moreno em 16/03/2017
Código do texto: T5942976
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