NÁUFRAGO
Dos olhos quase míopes
Brotam lágrimas quentes.
Não há fármaco para a saudade.
Só há lúdicas lembranças,
Desencaixotadas pela casa.
Só poeira da semana inteira.
Só cachaça e flashes de angústia.
Por onde anda quem me causa essa falta...?
Que horas dorme...?
Será que suspira e sonha como eu...?
Aguardo, como o náufrago e as mensagens na garrafa...