ANTITÉTICO CONTRÁRIO

Indignar-me!
É o que me resta.
Se assim, não o fizera, restar, ia-me nada.
E não poderia viver, do nada,
Melhor ser, ia viver, do que me resta...

Indignar-me!
É o que me resta.
E não, por diferente pensar, insolente ser
Impelido, nunca, por seu fátuo jeito de pensar
E assim, em egolatria, profundeza vi, ver
Sem essência, viver e ver, sem pensar

Indignar-me!
É o que me resta.
Da fala satírica frente ao inegável,
Do egoísmo frente ao ecumênico,
Da intolerância frente a singularidade,
Do ódio frente ao amor.
Quando de frente nos olhamos e somos iguais.

Indignar-me!
É o que me resta.
E se ainda, algumas palavras, me restam
As quais antônimos do mal, sejam!
Honesto ser, envergonhar-me-ei, jamais
Mesmo que, a solidão e tristeza, meus fardos, sejam!
DuMoraes
Enviado por DuMoraes em 06/04/2017
Reeditado em 06/04/2017
Código do texto: T5963282
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