Milonga del angel

Ela, quase um anjo

de asas tortas e puídas

debruçada à beira de um lago de águas turvas

ao espelho não se via

perdera seus amores

vivia de suas esperas

e em sonhos apenas

seu corpo de desvanecia

habitante das noites escuras

chorava à luz da lua

e quando a aurora surgia

em seu leito se escondia

amanheciam os dias

e ela, quase um anjo

esquecia-se das horas

enquanto a poesia crescia.

Magda L Carvalho
Enviado por Magda L Carvalho em 07/04/2017
Código do texto: T5964067
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