TUDO QUE QUERIA

Fui reduzida a certinha, quase santa,

e deixada ao relento, sem manta.

Sentindo o frio doentio

de tudo aquilo que me espanta.

Queria poder voltar a ser viva.

Não ter medo da apatia,

do rebuliço e do que valia,

sentindo, na carne, toda ousadia,

de todo o tempo que se confronta.

Vontade que se contraria,

vivendo um amor de estampa.

Ruggeri
Enviado por Ruggeri em 17/05/2017
Código do texto: T6001493
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