COISA DE CRIANÇA....

Foi tanta chuva que inundou

Não só os lares, mas os corações

E os olhos que agora vertiam frações

De mágoas junto ao mar que se formou.

Em meio ao burburinho, às indagações

Indignados olhos miram o que restou

E, o bem mais precioso, entre os braços abraçou:

Seus livros, de páginas encharcadas de reflexões.

Na salvaguarda ficaram as histórias,

Os encantos, devaneios e memórias

Encadernados pela esperança.

À deriva, nas águas do saber

Novos ventos me levaram a crer

Que tamanha peripécia só podia ser coisa de criança.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 09/06/2017
Reeditado em 09/06/2017
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