A noite sem lua.
Sobretudo, sobre não ter do que falar
E sobre não saber me calar
Deixo tudo de lado e deixo simples
Pelo simples desejo de ser
Ser o que deseja, ser humano
Leviano, soturno como a noite sem lua
Na rua escura gritar sem ter ninguém a ouvir
Ou alguém pra me calar a voz
Sobretudo, é sobre o nada
Que inspira a inexistência
E a inexatidão das coisas
Revelando o que sê em mim
E o que sou ou quero
É somente pensar que existo
Que desejo, que sinto
Ou apenas sou o que posso ser.